terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Disfunção Sexual Feminina.

Cinco em cada dez mulheres tem algum tipo de disfunção sexual. Esta foi uma das conclusões de um trabalho que reuniu mais de 10 anos de pesquisas sobre o assunto. O número é realmente impressionante e reflete a dificuldade que muitas mulheres têm em lidar com a sua sexualidade e o seu prazer.
No caso das mulheres, a diminuição ou ausência de desejo sexual e as dificuldades para se chegar ao orgasmo são disparadas as mais freqüentes, principalmente entre as mulheres na pós menopausa. Dificuldades com a lubrificação vaginal e com a excitação, dor durante a relação e o vaginismo (contração involuntária da musculatura vaginal, impedindo a penetração) são outros exemplos de disfunção.
Histórias de educação repressora, idéias negativas com relação ao ato sexual, religiosidade extrema, culpa ou vergonha de conhecer ou descobrir locais onde gosta de tocar e ser tocada são características freqüentes em mulheres disfuncionais. Pode parecer incrível, mas já atendi muitas que nunca tiveram a curiosidade de olhar para seus órgãos genitais através de um espelho! Mastubar-se então? Nem pensar!
Não podemos deixar de falar sobre outros fatores igualmente importantes no aparecimento da disfunção, como: o ressecamento vaginal que algumas mulheres experimentam na época da menopausa, presença de inflamações ou infecções vaginais, doenças sexualmente transmissíveis, depressão, história de traumas psicológicos, abuso sexual, violência e, uma das questões mais importantes, o relacionamento com o/a parceiro/a. Em muitas situações, sexo e conversa podem parecer incompatíveis, mas não são. Dizer ou mostrar o que você gosta na hora da transa, onde sente prazer ao ser tocada ou beijada e dar asas a imaginação é fundamental. Deixe a timidez de lado e leve o assunto para a cama!

Aí vão mais algumas dicas para quem quer ter uma vida sexual saudável:

•Pense em sexo como algo saudável. Desejo não é pecado, faz parte da natureza humana e é igual as demais necessidades como comer, beber e dormir;
•Respeito mútuo, sempre. Para transar, é preciso querer e estar à vontade para isso. Pode valer tudo entre quatro paredes, desde que as partes envolvidas concordem com o que está sendo feito. Fazer sexo só para agradar o outro ou através de abuso, coerção e violência não rola!
•Não é fácil manter acesa a chama da paixão depois de instalada a rotina. Por isso, às vezes pequenos gestos podem fazer a diferença. Pense comigo, há quanto tempo você não faz uma surpresa gostosa para quem você ama?
Se ainda assim você precisar de ajuda não tenha vergonha de procurar. Hoje existem vários tipos de tratamento para as disfunções e com ótimos resultados. Mas para isso, é fundamental buscar um especialista que tenha uma escuta sensível para fazer um bom diagnóstico.


Fonte: http://marianamaldonado.com.br/2006/01/espaco-mulher/disfuncao-sexual-feminina/

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